Curiosidades



BOCA JUNIOR EXPÔEM CAMISA DO SANTOS EM SEU MUSEU

O Boca Juniors se rendeu ao Santos de Pelé e expôs uma camisa que o rei vestiu em 1963, quando pisou em La Bombonera para ajudar o Santos a conquistar a Libertadores da América. A camisa fica no Museu Paixão Boquense. 


DIVISÃO DE TITULO POR BIZARICE DA ARBITRAGEM

O Peixe encarou a Portuguesa pela final do Paulistão de 1973, como o jogo terminou em 0x0 a decisão foi para as penalidades. O Santos bateu os 3 primeiros pênaltis e fez 2 gols, já a Portuguesa errou os 3 primeiros pênaltis. Ainda faltavam 2 pênaltis para cada equipe, porém Armando Marques em uma "viagem" da sua cabeça, encerrou a partida dando a entender que o Santos era o campeão. Quando Armando Marques se deu conta que tinha errado a contagem, já era tarde. A Portuguesa malandra, sabendo do erro, retirou seus jgadores do estádio para não terminar as cobranças. A federação rendida pela bizarrice teve que dividir o título. 


AMEAÇARAM POR FOGO NO ESTÁDIO COM LITROS DE GASOLINA

Em 1935, cansados de ver seu time prejudicado pela arbitragem a favor dos times da capital, um grupo de 30 estivadores do porto de Santos levaram galões de gasolina ao jogo contra o Corinthians que poderia decidir o título Paulista daquele ano (1935). Se o time fosse roubado, ateariam fogo no Parque São Jorge. Com a vitória do Peixão e o primeiro título Paulista o jogo transcoreu sem maiores incidentes. 


O DIA EM QUE O SANTOS PAROU UMA GUERRA

Em 1967 o Santos parou a guerra de Biafra, na Nigéria, que já durava dois anos. A chegada do Peixe fez com que o governador da região, o tenente coronel Samuel Ogbemudia, decretasse feriado na parte da tarde, e que a ponte sobre o rio que ligava Benin à cidade de Sapele tivesse a passagem liberada para que todos, indistintamente, pudessem assistir ao jogo. 


A PRIMEIRA CONQUISTA INTERNACIONAL DO SANTOS

Santos e Newell's decidiram o título do Torneio Roberto Gomes Pedrosa em partida única, no Pacaembu, na noite do dia 29 de março de 1956, uma quinta-feira. A goleada por 5 a 2 contra o time argentino garantiu a primeira conquista internacional do time de Vila Belmiro.

Em março de 1956 o Santos ainda não contava com seu maior ídolo, Pelé. Contudo, já dava mostras de que estava entre as grandes equipes do Brasil e do continente. Naquele início de ano, o Peixe levantara a taça de Campeão Paulista de 1955 e foi um dos cinco clubes do Estado que disputariam, ao lado do uruguaio Nacional e dos argentinos Boca Juniors e Newell's Old Boys, a fase internacional do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, nome oficial do Rio-São Paulo.

Os clubes cariocas tentaram adiar a competição para o segundo semestre do ano, alegando que seriam prejudicados com as convocações da Seleção Brasileira que disputaria o Campeonato Sul-Americano no mesmo período. Os paulistas se recusaram, justificando que a competição já fazia parte do calendário nacional e um adiamento comprometeria a receita dos clubes. A Confederação Brasileira de Desportos intercedeu a favor dos paulistas e os cariocas retiraram-se da competição. O Torneio Roberto Gomes Pedrosa desse ano foi disputado apenas por paulistas e considerado sem efeito como um Torneio Rio-São Paulo.

Na fase internacional, pelo regulamento, as equipes brasileiras Santos, Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Portuguesa enfrentariam apenas as estrangeiras, e a brasileira e a estrangeira mais bem classificadas disputariam a final.

A Vila Belmiro foi o palco dos três jogos classificatórios do Santos. Em um sábado, 10 de março, o Alvinegro Praiano venceu o Newell's Boys por 4 a 2, sem sustos. Vasconcelos foi o melhor em campo e autor de um gol. Pepe marcou duas vezes e Negri mais uma.

Na segunda partida, dia 19, o Santos enfrentou o Boca Juniors. Era a estreia do veterano Jair Rosa Pinto. A chuva castigou o campo e os argentinos, melhores, abriram uma vantagem de 2 a 0. No segundo tempo, quando a chuva parou e o gramado secou, o Alvinegro virou para 3 a 2, com gols de Pepe, Vasconcelos e Pagão. Faltava enfrentar o Nacional, tão credenciado que seria tricampeão uruguaio em 1955/56/57. Mas aí surgiu uma malandragem nos bastidores que favorecia o Corinthians.

Até ali os dois alvinegros estavam empatados em pontos ganhos, com apenas um gol de vantagem para o Santos. Mas ambos ainda tinham uma partida a fazer. O inaceitável é que, enquanto o Alvinegro Praiano enfrentaria o Nacional no dia 22 de março, o da capital só jogaria contra o Boca Juniors no dia 27, portanto já sabendo de quanto precisaria vencer para superar o saldo santista.

Porém, confiante, o Santos foi para o jogo. Nem mesmo o reforço dos campeões sul-americanos Leopardi e Ambrois, da Seleção Uruguaia, fez o Nacional segurar o ímpeto santista. Depois de um primeiro tempo disputado, em que o Santos conseguiu apenas a vantagem mínima, com um gol contra de Leopardi, na segunda etapa a porteira abriu de vez: Pagão, aos seis e aos 24 minutos; Alfredinho e Urubatão completaram os, quem diria, 5 a 0 sobre o campeão uruguaio!

O Corinthians venceu o Boca por 4 a 1, mas, com três gols de saldo a menos que o Santos, ficou fora da decisão. Dos estrangeiros, o melhor foi o Newell's Old Boys, e assim Santos e Newell's decidiram o título em partida única, no Pacaembu, na noite do dia 29 de março, uma quinta-feira.

O técnico Lula escalou o Peixe com Manga, Hélvio (depois Cássio) e Feijó; Ramiro, Zito e Urubatão; Alfredinho (Sarno), Jair Rosa Pinto, Pagão (Del Vecchio), Vasconcelos e Pepe. O treinador José Ramos optou por Masueli, Griffa e Coronel; Mastrogiuseppe (depois Bovery), Sanguinetti e Etchevarria; Nardiello, Picot, Rocha (Hernandez), Reinozo (Carranza) e Urquiza (Donelutti). O britânico Harry Davis foi o árbitro.

O Santos era o Brasil e muitos paulistanos foram ao Pacaembu torcer para o time das praias. Pela primeira vez a imprensa esportiva paulistana parecia se curvar a uma equipe superior aos grandes da capital. Mesmo o populista tabloide Mundo Esportivo, em sua apresentação da final, se rendeu ao belo futebol e parecia antever a formação de uma equipe vitoriosa e os anos de ouro do Santos.

Todas as previsões se confirmaram. Bastante ofensivo, o Santos definiu o jogo e o título em um intervalo de 10 minutos: aos 29 Pagão abriu o marcador, aos 35 Pepe ampliou e aos 39 Vasconcelos fez o terceiro. No início do segundo tempo, Pagão, de pênalti, fez o quarto. O Newell's diminuiu com Picot e depois Hernandez, mas Del Vecchio, que entrara no lugar de Pagão, marcou o quinto aos 36 minutos, definindo a vitória santista por 5 a 2 e o título do torneio.

A façanha fez a imprensa olhar o Santos de outra forma. Não se tratava apenas de mais um fenômeno regional. O Mundo Esportivo chegou a definir o time como "uma verdadeira academia de futebol". Ofensivo, técnico, com muitos jogadores de alta qualidade, o Santos representava um alento para o combalido futebol brasileiro que dera vexames tanto na Copa do Mundo de 1954, como no Sul-americano de 1956.

Os números do time no seu primeiro título internacional mostraram isso: em quatro jogos, o Santos marcou 17 gols, média de 4,25 gols por jogo. O centroavante Pagão foi o artilheiro, com cinco gols, seguido por Pepe, com quatro, e Vasconcelos, com três.

Troféu em lugar de destaque

O Memorial das Conquistas de Vila Belmiro expõe na sua galeria o troféu do primeiro título internacional da história do Santos. Resgatado, identificado e restaurado, a Deusa Alada, como ele ficou conhecido, ocupa, desde então, lugar de destaque no vasto acervo de conquistas do clube.


O INÍCIO DA TRAJETÓRIA INTERNACIONAL DO SANTOS

No dia 21 de março de 1954, um domingo, o Santos estreou em campos estrangeiros em La Plata, no estádio Juan Carmello Zerillo, contra o Gymnasia y Esgrima. A equipe santista conquistou um empate por 1 a 1 no jogo que marcaria o início de sua trajetória internacional.

As notáveis exibições contra as maiores equipes do mundo tornaram o Santos um clube conhecido em todo o planeta. A primeira vez que enfrentou uma equipe estrangeira ocorreu em 1917, na Vila Belmiro, porém apenas 37 anos depois o Peixe realizou o seu primeiro jogo fora do Brasil, no distante ano de 1954.

O time santista viajou até a Argentina para jogar nas cidades de La Plata, Córdoba, Tucumán, San Juan e Buenos Aires. Instruída pelo empresário D'Agostini e orientada pelo técnico italiano Giuseppe Ottina, a equipe estreou em campos estrangeiros em La Plata, no estádio Juan Carmello Zerillo, jogando contra o Gymnasia y Esgrima com Barbosinha, Hélvio e Feijó (depois Ivan); Cássio, Formiga e Zito; Del Vecchio, Walter, Álvaro, Vasconcelos (Hugo) e Tite.

O Gimnasia formou com Riviera, Sandria e Perocino; Gonzalez, Arco e Rosário; Gallardo, Maravilla, Nazardo (Gutierrez), Martinez e Barpiã. O time argentino estava em uma boa fase e em 1953 não havia perdido nenhuma partida em seus domínios para os chamados grandes da Argentina. A expectativa de um bom jogo atraiu um grande público para a primeira partida do Peixe no exterior, proporcionando renda de 179 625 pesos. A arbitragem esteve a cargo do inglês John Dykkens.

O time argentino saiu na frente, com gol de Martínez, mas o jogo estava equilibrado. Aos 26 minutos, após uma rebatida do zagueiro Hélvio para afastar o perigo da zaga santista, o menino da Vila Del Vecchio aproveitou a falha da zaga adversária e penetrou livre para chutar forte e marcar o primeiro gol da história do Santos em solo estrangeiro. Com 19 anos, Emanuelle Del Vecchio, um atacante de muita garra e com um faro de gol preciso, deixou sua marca na vida do Peixe.

A excursão durou três semanas e o Santos disputou oito partidas, obteve três vitórias, três empates e duas derrotas. Além do Gymnasia y Esgrima, o Alvinegro enfrentou o San Lorenzo, o Combinado Talleres/Belgramo, o San Martin, o Atlético Tucumán e o River Plate.

A primeira excursão que não aconteceu

Em 1938 o Santos quase excursionou pela primeira vez para fora do Brasil. Os mexicanos estavam impressionados com a temporada internacional que o Botafogo carioca havia feito em 1936, vencendo a maioria de seus jogos em solo mexicano.

Após os jogos do time carioca, a CBD recebeu diversas solicitações de clubes mexicanos convidando equipes brasileiras para excursionar pelo país do Norte, e uma dessas solicitações foi entregue ao representante do Santos no Rio de Janeiro e encaminhada à Vila Belmiro.

Após discutir valores e a garantia financeira necessária para a viagem, o Santos e os clubes interessados não chegaram a um acordo, e o Alvinegro Praiano decidiu ficar por aqui, à espera de uma nova oportunidade, que acabou surgindo em 1954.

Uma excursão marcante

Em 1959 o Santos excursionou pela primeira vez à Europa e deixou uma marca histórica impagável. Naquela ocasião, o time era a grande sensação do futebol mundial. Com Pelé e Zito, campeões da Copa da Suécia disputada no ano anterior, a equipe ainda tinha craques como Pepe, Coutinho, Pagão, Dorval e Jair Rosa Pinto no seu elenco.

A performance do Santos foi espetacular. A exaustiva jornada começou dia 23 de maio, em Sofia, na Bulgária, e terminou 5 de julho, em Sevilha, Espanha. No intervalo de 43 dias o time jogou 22 partidas em nove países, média de uma partida a cada dois dias, enfrentando campeões nacionais e times de elevada categoria, como Barcelona, Internazionale, Real Madrid, Botafogo. Mesmo assim o Alvinegro venceu 13 vezes, empatou cinco e perdeu somente quatro.


PRIMEIRA EXCURSÃO PARA A EUROPA

Os ingressos para a primeira partida do Santos em solo europeu se esgotaram dois dias antes do espetáculo. Em 23 de maio de 1959, um sábado, mais de 50 mil pessoas lotaram o Estádio Levsky Sofia, em Sofia, na Bulgária, para assistir o majestoso time brasileiro.

O adversário da estreia foi a Seleção B da Bulgária. O esquadrão do Santos era a sensação do futebol mundial. Nada menos do que três atletas campeões do mundo com a Seleção Brasileira na Copa de 1958 - Pelé, Pepe e Zito - faziam parte do elenco santista.

As fortes chuvas que caíram sobre a cidade de Sofia não desanimaram os jogadores. Mesmo com o jogo prejudicado pelo estado do gramado, os atacantes mostraram disposição e levaram o público à loucura com um eletrizante empate de 3 a 3.

Pelé abriu o placar aos 15 minutos de jogo. Quatro minutos depois, Pavão marcou contra para a Seleção Búlgara. O Rei novamente deixou sua marca e colocou o Peixe em vantagem aos 36 minutos, mas Jordanov empatou novamente três minutos depois, terminando a primeira etapa em 2 a 2.

Aos 20 minutos da etapa final Jordanov marcou mais uma vez e colocou os donos da casa em vantagem. Os búlgaros lideraram o placar por apenas três minutos, pois aos 23 Pepe, de pênalti, empatou a partida e assim terminou a estreia do Santos na Europa.

O capitão Zito, machucado, não foi a campo, e o técnico Lula formou assim a equipe santista com Laércio, Pavão e Mourão; Getúlio, Álvaro e Fioti; Dorval, Afonsinho (Pagão), Coutinho (Alfredinho), Pelé e Pepe.

Goleadas e mais goleadas

Ao todo o Santos realizou mais 21 partidas, em nove países europeus: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Espanha, Holanda, Itália, Portugal e Suíça, e vinte cidades: Sofia, Liege, Bruxelas, Gand, Groningen, Milão, Dusseldorf, Nuremberg, Genebra, Hamburgo, Hannover, Enschede, Madrid, Lisboa, La Coruña, Valência, Barcelona, Gênova, Viena e Sevilla.

Em alguns países o time santista realizou partidas um dia após o outro, enfrentando e goleando grandes equipes europeias em pouco mais de um mês

No Camp Nou não tomou conhecimento da forte equipe do Barcelona, e goleou por 5 a 1. Dorval e Pelé marcaram dois gols cada e Coutinho fez mais um. O brasileiro Evaristo de Macedo marcou o de honra do time espanhol.

Durante a excursão, o Santos conquistou dois troféus, o de Valência e o Teresa Herrera. Para vencer o Torneio de Valência empatou em 4 a 4 com a equipe da casa, o Valência, e humilhou a Internazionale de Milão por 7 a 1. Já pelo Troféu Teresa Herrera, o Santos também goleou uma das maiores equipes da época, o Botafogo de Garrincha. Pepe marcou duas vezes e Coutinho e Pelé completaram o marcador de 4 a 1. Zagallo fez o de honra da equipe carioca.

Em 22 partidas, o time da Vila marcou impressionantes 78 gols. Venceu 13, empatou cinco e perdeu apenas quatro jogos. Pelé foi o artilheiro da excursão com 28 gols, e Pepe o vice artilheiro, com 20 tentos. Além de ser a primeira, a excursão de 1959 foi uma das mais vitoriosas que o Santos fez à Europa.

Todas as partidas da Excursão de 1959

23/05 - Seleção "B" da Bulgária 3 x 3 Santos
24/05 - Seleção da Bulgária 0 x 2 Santos
26/05 - Royal Standard-BEL 0 x 1 Santos
27/05 - Anderlecht-BEL 2 x 4 Santos
30/05 - Gantoise-BEL 2 x 1 Santos
03/06 - Feyenoord-HOL 0 x 3 Santos
05/06 - Internazionale-ITA 3 x 2 Santos
06/06 - Fortuna Dusseldorf-ALE 4 x 6 Santos
07/06 - Nuremberg-ALE 3 x 3 Santos
09/06 - Servette-SUI 1 x 4 Santos
11/06 - Seleção de Hamburgo-ALE 0 x 6 Santos
13/06 - Seleção de Niedersachsen-ALE 1 x 7 Santos
15/06 - Enschede-HOL 0 x 5 Santos
17/06 - Real Madrid-ESP 5 x 3 Santos
19/06 - Sporting-POR 2 x 2 Santos
21/06 - Botafogo-RJ 1 x 4 Santos
24/06 - Valencia-ESP 4 x 4 Santos
26/06 - Internazionale-ITA 1 x 7 Santos
29/06 - Barcelona-ESP 1 x 5 Santos
30/06 - Genoa-ITA 2 x 4 Santos
02/07 - Wiener Sportklub-AUS 3 x 0 Santos
05/07 - Betis-ESP 2 x 2 Santos


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